Felipe Nabuco*
Vivemos um tempo em que a velocidade da tecnologia nos fascina e nos assombra. Programas de Inteligência Artificial produzem textos em segundos, sugerem formatos pré-moldados, replicam tendências de mercado. É tentador acreditar que isso basta para comunicar. Mas será mesmo que comunicar é apenas preencher espaços em branco?
Comunicar é mais do que dispor palavras. É construir sentido, traduzir contextos, captar nuances. É saber a hora de silenciar e o momento de provocar. A comunicação nasce da pele — da experiência vivida, da memória que se acumula, do traquejo de quem já atravessou crises, negociou bastidores, conduziu eventos e sentiu na prática a diferença entre um discurso vazio e uma mensagem que conecta.
A padronização proposta pelos algoritmos gera eficiência, mas não gera confiança. Confiança se constrói na relação humana, no olhar atento às sutilezas culturais, políticas e institucionais. Um texto pode ser “bem escrito” por uma IA, mas dificilmente será estrategicamente posicionado sem a experiência de profissionais que conhecem o mercado, os atores e o jogo de forças que o movimenta.
Na VIVA+ Comunicação, Editora, Eventos e RealGov, carregamos mais de uma década de atuação nos setores de saúde, meio ambiente e política institucional. Estivemos à frente da comunicação de grandes eventos, como da 11ª, da 12ª, 13ª, 14ª e, mais recentemente, da 15ª Convenção Brasileira de Hospitais. Também estamos na coordenação da produção editorial de revistas setoriais, como a Visão Hospitalar, a Evolution, e a ETIS; de dezenas de publicações técnicas, como Cenário dos Hospitais no Brasil, Manual do Gestor Hospitalar, Guia LGPD para gestões hospitalares, entre outros.
Somos destaque na organização de encontros estratégicos e na gestão de relações governamentais, sobretudo com o Congresso Nacional, onde nesses anos de atuação conseguimos desenvolver importantes relações de trabalho e confiança com dezenas de parlamentares e lideranças políticas e institucionais. O que nos move é a convicção de que nenhuma tecnologia substitui a profundidade do humano.
O filósofo Byung-Chul Han lembra que vivemos numa “sociedade da transparência”, em que tudo precisa ser exposto, mas pouco é realmente compreendido. A comunicação que apenas exibe dados corre o risco de ser ruído. Já a comunicação humanizada, feita por profissionais com repertório, cultura e experiência, transforma informação em ponte, discurso em presença, mensagem em poder de ação.
Por isso, acreditamos que o futuro da comunicação não está em escolher entre humano ou tecnologia, mas em colocar a tecnologia a serviço daquilo que só o humano pode oferecer: a capacidade de compreender, interpretar e conectar pessoas. E é para isso que nos entregamos de corpo e alma diariamente!
*Felipe Nabuco é jornalista, ensaísta e copywriter. É diretor de Conteúdos da Viva+ Comunicação, Editora, Eventos e RealGov, além de editor da Revista e Podcast Visão Hospitalar.
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Referências bibliográficas
HAN, Byung-Chul. A sociedade da transparência. Petrópolis: Vozes, 2017.
KRAUS, Karl. Os últimos dias da humanidade. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987.